domingo, 27 de fevereiro de 2011

As 10 bandas que nunca deves ouvir

São elas:
jonas brothers
hannah montana
Miley Cyrus
justin bieber
just girls
d'zrt
TT
floribella
todo que seja techno
tokio hotel!
E Lagy gaga o que estas a fazer ja foi fei por outros.

16 bandas que vale a pena ouvir!

Diabo na cruz

Sabatin

Dark Moor

Disturbed

Eluveitie

Era

Gogol Bordello

Gotan Project

HIM

Kalashnikov

Korpiklaani

Made of Hate

Mika

Pantera

Bob Marley

Cut Copy

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Livro da semana: A Origem do Fado


As origens do Fado andam envoltas em mistério. Há quem acredite que o Fado nasceu no Brasil, em África, no mar ao sabor das ondas, ou que nos chegou trazido pelos árabes!
Afinal a sua origem é simplesmente portuguesa, verdadeiramente portuguesa, essa convicção e a tese do autor.

O livro possui 552 páginas, amplamente ilustrado com fotografias a cores, e é acompanhado com quatro CDs, contendo recolhas musicais feitas pelo autor junto das comunidades rurais de todo o país, últimas depositárias desses cantos narrativos das feiras, afinal o fado primitivo ou originário.
Esta edição é um acontecimento de enorme importância para a Cultura Popular Portuguesa.

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Filme da semana: Amália - O filme


O filme é a primeira biografia ficcionada da fadista Amália Rodrigues. Esta obra cinematográfica foi um projecto de dimensão nacional e internacional que retrata, de forma romanceada, um período longo da vida da maior fadista de todos os tempos e figura incontornável da história do século XX português.

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Musico da semana: Amália


Amália da Piedade Rodrigues nasce numa família pobre e numerosa, que, vinda da Beira Baixa, tentava a sorte na capital. Passado pouco tempo, os pais voltam para a província, e deixam Amália com quatorze meses a viver com os avós maternos.
Dizia-me a minha família que aos 4 anos já ganhava a vida a cantar, pelas vizinhas que diziam, "ó Amália anda cá, canta lá esta". E eu cantava. * E depois lá pelos 7, 8 anos comecei a ouvir as vizinhas lavar a roupa na selha e cantar o fado, que eu não sabia o que era fado. Depois, aos meus 12 anos comecei, já internacional, a cantar os tangos do Gardel, que ouvia nas fitas, e vinha para casa sem saber o que dizia, mas ouvia o som, o som das palavras soava-me como parecia que era, e quase que era, porque no fundo como sabe a língua espanhola é muito parecida com a nossa, e para quem tem um ouvido e um poder dedutivo entende mais depressa do que uma pessoa que não tem ouvido, nem esse poder. Então, eu quase que imediatamente aprendia as coisas. E então cantava o Carlos Gardel todo.
Amália inicia a escola primária em Lisboa. É durante a escolaridade primária que canta pela primeira vez em público, numa festa da Escola Primária da Tapada da Ajuda.
Aos 14 anos, Amália, vai viver com os pais e os irmãos, que entretanto regressam a Lisboa. Em condições de grande pobreza, Amália, que mal conhece a família, sente dificuldade em se integrar, nunca deixando de se considerar uma intrusa.
Aos 15 anos, Amália -- acompanhada da mãe e da irmã -- vai vender fruta para o Cais da Rocha, em Alcântara. Anda dois anos pelo cais. É então que se torna notada no bairro pelo timbre especial da sua voz, o que a leva a ser escolhida para solista da Marcha de Alcântara, estreando-se em 1936 pelas ruas de Lisboa. As marchas populares, ficarão para sempre no reportório de Amália.
É o ensaiador da Marcha quem insiste para que Amália se apresente no Concurso da Primavera, organizado para descobrir uma nova cantadeira. E se Amália acaba por não concorrer, pois as outras participantes recusam-se a competir com ela, é nesse concurso que Amália conhece Francisco da Cruz , um guitarrista amador com quem casa em 1940. O casamento, porém, não dura mais de dois anos. É também durante esses ensaios que é notada por um assistente que a recomenda a Jorge Soriano, director da casa de fados mais famosa da época, Retiro da Severa. A audição é um sucesso, mas, com a família contrariada, Amália acaba por não aceitar o convite.
Estreia-se finalmente no Retiro da Severa, em 1939, acompanhada por Armandinho, Jaime Santos, José Marques, Santos Moreira, Abel Negrão e Alberto Correia, interpretando três fados.
O êxito no Retiro da Severa pega como um rastilho e espalha-se por Lisboa -- todos querem ouvir esta nova cantadeira, todas as casas de fado a querem contratar. Amália torna-se rapidamente cabeça de cartaz. Num espaço de poucos meses, Amália passa também a actuar no Solar da Alegria e no Café Luso. Até essa altura, Ercília Costa, Berta Cardoso, Hermínia Silva e Alfredo Marceneiro eram os ídolos máximos do fado, mas com a aparição de Amália tudo se vai modificar.
Amália torna-se rapidamente o nome mais famoso de todos os ídolos do fado. Por onde actua faz esgotar lotações; os preços dos bilhetes sobem mal é anunciada. Em poucos meses atinge uma popularidade tal que o seu cachet é de longe o maior até então pago a uma fadista.
Tão rápido é o êxito de Amália nos retiros fadistas que logo a chamam para o teatro. Estreia-se em 1940, como atracção da revista "Ora Vai Tu", no Teatro Maria Vitória.

1941-43


Amália transfere-se para o Solar da Alegria, como artista exclusiva e já com repertório próprio. É no Solar da Alegria que é abordada por José de Melo que passa a ser seu empresário, e que evita que grave discos, com o argumento de que a possibilidade de ouvir a voz da cantora em casa iria afastar o público das casas de fado. Amália torna-se rapidamente o nome mais famoso de todos os ídolos do fado. Por onde actua faz esgotar lotações; os preços dos bilhetes sobem mal é anunciada. Em poucos meses atinge uma popularidade tal que o seu cachet é de longe o maior até então pago a uma fadista.
Primeiro no Retiro de Severa eram 500 escudos por mês. Depois no Solar da Alegria eram 800. E quando eu ganhava esse dinheiro é o que o Sr. José de Melo vem e diz:

"Quanto é que a menina ganha aqui?"
"eu ganho 800 escudos por mês."
"então a menina não vê que a estão a explorar?"
"porquê?"
"você não vê que quando você não está pedem 2$50 por bilhete e não está cheio e quando a menina está custa 7$50 e está cheio! Estão a explorá-la !! Você vai para casa, e quem a quiser contratar vem falar comigo ao Café Lagar porque esse dinheiro que você ganha por mês eu garanto-lhe... e esse dinheiro vai você ganhar por espectáculo!"

Ah, eu pensei que ele estava doido!! E então, eu realmente fui para casa, e começou o Solar da Alegria a chamar. "Não vou mais, não quero ir mais, vá falar com o Sr. José de Melo, no café Lagar das 5 às 7. E comecei, daí a um mês, já ganhava 300 escudos por dia, e depois daí a dois meses ou três já ganhava um conto por espectáculo.
Já ia tendo um reportório melhor, ia comprando umas cantigas que naquela altura se compravam a trinta escudos a cantiga. Os poetas de fado faziam e vendiam as cantigas. Era assim que eles viviam,coitados. * Havia, o Linhares Barbosa que era o melhor poeta daquela altura, mas mesmo assim às vezes,comprava, quando já ganhava mais, trinta letras para escolher três. Já tinha um tipo de exigência que muita gente não tinha.

Tão rápido é o êxito de Amália nos retiros fadistas que logo a chamam para o teatro. Estreia-se em 1940, como atracção da revista "Ora Vai Tu", no Teatro Maria Vitória. Até 1947, Amália aparece em várias revistas e operetas criando no Teatro fados e canções de grande sucesso, e conquistando assim um público muito mais vasto. É no Teatro ainda, que encontra o compositor Frederico Valério. Valério compreende que a melodia do fado é demasiado estreita para uma voz com tal extensão e compõe para Amália músicas que ficariam para sempre no seu reportório.
Amália é convidada pelo realizador António Lopes Ribeiro para integrar o elenco do filme “O pátio das cantigas”, mas o maquilhador António Vilar aponta-a como pouco fotogénica e o seu papel acaba por ser atribuído a Maria Paula. Surge na revista do teatro Variedades “Espera de Toiros”, ao lado de Mirita Casimiro, Vasco Santana e Santos Carvalho.
Cria Maria da Cruz na revista “Essa é que é essa”.
Amália actua pela primeira vez no estrangeiro, em Madrid, a convite do embaixador Pedro Teotónio Pereira. É a esta viagem que Amália diz dever o seu prazer em canções espanholas e flamengo.

1944-48

Amália tem já um papel proeminente, ao lado de Hermínia Silva, na opereta “Rosa Cantadeira”, onde cria o “Fado do Ciúme” de Frederico Valério. Estreada no Teatro Apolo em Abril, a opereta fica dois meses em cartaz.
Em Setembro de 1944, Amália chega ao Rio de Janeiro acompanhada pelo maestro Fernando de Freitas para actuar no mais famoso casino da América do Sul: o Casino Copacabana. Com 24 anos Amália estreia já um espectáculo inteiramente concebido para ela. A recepção é tal que o seu contrato inicial de 4 semanas se prolongará por 4 meses.
A recepção foi lá muito engraçada. Havia uma orquestra, e eu tinha de cantar 2 fados com orquestra e os outros com guitarras. Eu ia com o Freitas, o pai do Girão, coitado já morreu, e então os músicos começaram todos: "Ó minha mãe, minha mãe," e eu assim "Ahhh, ó Freitas, eu não canto, tu dás a melodia, dás o tempo que eu levo a cantar mas eu não canto". E assim foi. Só cantei na estreia, mas depois eu cheguei lá, e antes de eu ir cantar "diga tudo o que puder, que está para vaiar" isto era lá uma pessoa que tomava conta do espectáculo. E eu com o medo que eu já tenho, com a novidade do sitio, com a pompa toda do Golden Room que era uma coisa muito importante. A coisa mais chique no Rio, no Brasil. Então eu desço uma escada, e chego ao microfone, (canta) "Sei finalmente, ...". Eu estava completamente tolhida, quase asfixiada. Mas como eu vinha muito bem vestidinha, a presença era muito engraçada, e eu depois comecei a cantar o segundo e o terceiro, e cantei, cantei. Depois no fim estava o Atalaia, que era o director geral do Casino, sentado numa mesa com uma garrafa de champanhe, do melhor que havia, e então chamou-me para a mesa dele, deu-me os parabéns. Foi lá buscar-me para a mesa dele, já vestida de outra maneira, e vem outros "Parabéns, Sr. Atalaia a patrícia é formidável, Parabéns", e realmente foi um êxito enorme.
O êxito é tão grande que, seis meses mais tarde, o Casino Copacabana convida Amália para mais uma temporada. Desta vez pedem-lhe que leve com ela uma companhia que inclua, para além dos músicos, algumas bailarinas, com intenções de montar um espectáculo para levar por todo o Brasil.
Nesta longa estadia no Brasil, Amália leva como director de orquestra o maestro Frederico Valério. É então no Rio de Janeiro que nasce um dos seus maiores sucesso de sempre, "Ai, Mouraria" que Amália estreia no teatro República do Rio em 1945.
Amália grava pela primeira vez no Rio de Janeiro uma série de discos de 78 rotações. São estas gravações que vão levar a sua voz por toda a parte dando início a uma das mais excepcionais carreiras discográficas. De regresso a Lisboa em 1946 fala-se muito dum convite que a 20th Century Fox faz a Amália para filmar em Hollywood. No entanto, a sua estreia no cinema será em Portugal.
Em Maio de 1947, estreia-se o filme “Capas Negras”, que marca a estreia no cinema de Amália e bate todos os recordes de exibição até então. A seu lado está Alberto Ribeiro.
"Capas Negras" fica 22 semanas em cartaz, tornando-se no maior sucesso do cinema português. Amália atingirá em breve, uma popularidade até então nunca conhecida. Em 1947, Amália é já um nome indispensável no fado, no teatro no disco e no cinema.
Novembro traz a estreia no Coliseu do Porto do segundo filme de Amália: “Fado – História de uma cantadeira”, fortemente publicitado como inspirado pela vida de Amália (o que não corresponde à verdade), e que é um novo êxito comercial.
O fado? Bem, esse eu gostei de fazer. Gostei sobretudo de uma cena de ensaios, que fui eu que inventei. Porque se eu aprendia a cantar com um guitarrista que era o meu namorado, tinha que aprender mesmo. Então cantava pior, de propósito, depois cantava melhor, e era mesmo um ensaio a sério.
Pela sua interpretação neste filme, Amália recebe o Prémio do SNI para a melhor actriz de cinema do ano.

1949-1954

Em poucos anos, Amália torna-se num símbolo do sucesso nacional: a rapariga pobre que com o poder do seu canto passa da noite para o dia a ser rica e famosa, despertando todas as paixões. Tudo sobre ela se diz, tudo sobre ela se quer saber, todos os amores lhe são atribuídos. À sua volta gera-se uma curiosidade sem precedentes, sendo discutida, criticada, copiada, e seguida com ilimitado fervor.
Amália canta pela primeira vez em Paris, no Chez Carrère e em Londres no Ritz, em festas do departamento de Turismo organizadas por António Ferro.
Em 1949 estreia-se o filme "Vendaval Maravilhoso", uma co-produção Luso-Brasileira, baseada na vida do poeta baiano Castro Alves. Amália interpreta o papel de Eugénia da Câmara, a amante do jovem poeta, criando uma personagem totalmente diferente daquelas que lhe eram normalmente atribuídas. Neste filme histórico de Leitão de Barros, o mais prestigiado realizador da época, Amália atinge uma espantosa força dramática, comparável às grandes trágicas do cinema. Mas o filme é um fracasso comercial.
Um marco decisivo na internacionalização de Amália é a sua participação, em 1950, nos espectáculos do Plano Marshall; um programa de apoio Americano à Europa do pós-guerra onde participam os mais importantes artistas de cada país. O êxito repete-se por Trieste, Berna, Dublin e Paris. Amália começa a dar que falar pela Europa. Em Roma, Amália actua no Teatro Argentina, sendo a única artista ligeira num espectáculo em que figuram os mais famosos cantores clássicos do momento.
E quando eu vi que era uma orquestra sinfónica e que todas as pessoas eram cantoras clássicos, estava Canilla, naquela altura a cantar lá, um Jacques Tibaut que tocava um instrumento qualquer, quer dizer tudo aquilo era clássico, menos eu. Uma orquestra enorme e eu sozinha com uma guitarra e uma viola. E eu enchi-me de medo, e eles também, os guitarristas, ficaram apavorados, com uma orquestra a tocar e eles com a guitarra e a viola, e eu a cantar com aquelas vozes. Estávamos todos aterrorizados. E eu dizia assim, "só espero que Nosso Senhor me dê uma hora de febre muito alta, para eu não ir cantar, mas realmente não tive a febre, fui cantar mesmo. Entrei, com certeza que a cara que eu tinha, quando entrei no palco era tão desgraçada que as pessoas começaram a olhar para mim com uma ternura que isso animou-me um bocado. Não sei se a ternura foi da minha presença, eu olhei para as pessoas e as pessoas olharam para mim com um certo interesse. O medo era tão grande que se via, transparecia na cara. E depois, tive um sucesso muito grande, e pela primeira vez na minha vida e última tive um chelique, chorava e ria ao mesmo tempo, e veio toda a gente "perque piange, perque piange, e estato un sucesso formidabili, perque ? Le brava, le brava". E eu estava assim naquela coisa, só acreditei naquilo quando saí, estavam as pessoas à espera e quando eu saí começaram todas a bater palmas.
Durante um espectáculo em Dublin, Amália canta “Coimbra”, que fica no ouvido da cantora francesa Yvette Giraud que a populariza em França como “Avril au Portugal”.
Quando Amália regressa a Lisboa, dá-se o encontro com Alberto Janes, um desconhecido que faz de propósito para ela a música e a letra de um fado que haveria de dar a volta ao mundo.
O Alberto Janes apareceu-me na minha casa,* "Sabe, eu sou formado em farmácia, tenho uma farmácia em Reguengos, mas a minha paixão é a música, a minha paixão é ser artista, e faço umas coisas e fiz um fado que toda a gente diz quando ouve este fado - "isto é um fado para a Amália, isto é um fado para a Amália, isto é um fado para a Amália"- entusiasmaram-me, e eu vim até aqui". Apareceu-me assim com aquele fado "Foi Deus" que todo a gente pensava que não era bom, quem estava na minha casa, e eu assim "é bom, é" porque já me estava a ouvir a cantar o fado, não era ele porque ele não tocava bem, nem cantava bem. Fez um fado muito bonito, até agora é um grande fado, em qualquer parte do mundo eu canto aquilo faço um efeito extraordinário. As palavras que ele escreveu, a música que ele escreveu, as palavras levam-me a mim a cantar com uma força, porque não há nenhuma música que leve assim aquelas ovações que leva de calor humano só porque é bonita. Há outra coisa qualquer que a pessoa sente, e quando chega ao fim "Foi Deus que me pôs no peito, o rosário de penas que vou desfiando e choro a cantar", às vezes estou nuns dias que começo a desfiar o choro e quase não posso acabar de cantar. Eu vi logo que aquilo era para mim.
A partir de 1950, Amália não pára de viajar. Sucessivas tournées levam-na a África, e às Américas. No México obtém um grande sucesso, aí permanecendo longas temporadas. Amália que sempre cantou em espanhol, descobre então a canção popular Mexicana, a ranchera, que passa a acrescentar ao seu reportório. No entanto, será com o fado que Amália conquista o México.
Deixando o México rendido ao seu fascínio, Amália parte para actuar num dos lugares mais célebres à face da terra. Após as suas actuações no Mocambo de Hollywood, ponto de encontro das grandes estrelas do cinema Amália recebe propostas para filmes bem como os mais rasgados elogios da crítica.
Em 1952 Amália actua pela primeira vez em Nova Iorque, no La Vie en Rose, onde ficará 14 semanas em cartaz. Torna-se na primeira artista portuguesa a actuar na televisão americana no famoso programa “Coke Time with Eddie Fisher”, onde interpreta “Coimbra”.
Assina contrato com a casa Valentim de Carvalho, fazendo as suas primeiras gravações para a companhia discográfica nos estúdios da EMI inglesa, em Londres. A relação discográfica de Amália com a Valentim de Carvalho só será interrompida brevemente, nos final dos anos 50, por uma passagem pela editora francesa Ducretet-Thomson, após a qual Amália regressará à Valentim de Carvalho de vez.
Amália é convidada para um pequeno papel no filme de Henri Verneuil “Os Amantes do Tejo", produção francesa parcialmente rodada em Portugal, com Daniel Gélin e Trevor Howard. No filme Amália interpreta “Canção do Mar” e “Barco Negro”, que correm mundo arrastadas pelo sucesso do filme.
Edita o seu primeiro LP: “Amália Rodrigues sings Fado from Portugal and Flamenco from Spain”, publicado nos EUA pela Angel Records. Este álbum nunca será editado em Portugal com este alinhamento, mas conhecerá edições em Inglaterra e, em 1957, também em França.

1955-1961


Como no palco, também em estúdio, Amália só canta quando gosta de se ouvir. O ambiente familiar que se veio a criar nos estúdios Valentim de Carvalho onde Amália se rodeava de amigos, gravando pela noite dentro, tornou-se indispensável para transformar essas sessões em momentos únicos. E foi assim, que vida fora, Amália gravou os seus grandes discos sempre acompanhada pelo técnico de som Hugo Ribeiro.
Em 1955, no meio de grande expectativa, Amália estreia-se como actriz dramática na célebre peça de Júlio Dantas "A Severa". Levada à cena no teatro Monumental, este drama criado em 1901 é uma versão romantizada da vida da mítica fadista Maria Severa. Esta produção de Vasco Morgado contava com Amália Rodrigues no papel de Severa e Paulo Renato como Marialva.
Também em 1955, filma “April in Portugal”, filme inteiramente dedicado a Portugal e ás suas belezas naturais, em Technicolor e Cinemascope. Estreado em Londres em 1955, este filme, em que Amália interpreta “Coimbra” e “Canção do Mar” foi premiado nos festivais de Berlin e Mar del Plata.
Em nova deslocação ao México, filma “Musica de Siempre” com Edith Piaf.
Em Abril de 1956, Amália, actua pela primeira vez no Olympia de Paris, numa das festas de despedida de Josephine Baker. Dias mais tarde, estreia-se no Olympia como “vedeta americana”, encerrando a primeira parte do espectáculo. O sucesso é tal que, terminadas as três semanas do contrato, Amália é convidada para o prolongar mais três semanas. No ano seguinte, estreia-se como primeira vedeta no Olympia de Paris.
Em menos de três anos, Amália atinge em França o máximo do prestígio e da popularidade. As actuações sucedem-se, os discos multiplicam-se e o público cada vez se mostra mais delirante. Também os artistas a adoram, muitos escrevendo canções especialmente para ela, como foi o caso de Charles Aznavour que inspirando-se no Ai, Mouraria escreveu para Amália: Ay, Mourir Pour Toi.
Amália assina contrato com a editora francesa Ducretet-Thomson, para a qual gravará material publicado em dois álbuns e cinco Eps antes de regressar à Valentim de Carvalho.
Actua no filme de Augusto França “Sangue Toureiro”, o primeiro filme português colorido, onde tem um dos papéis principais e interpreta cinco canções de Frederico Valério. Estreia-se na televisão portuguesa, no papel principal da peça “O céu da minha rua” adaptada de uma peça de Romeu Correia. Durante a exibição desta peça as ruas das principais cidades portuguesas ficam desertas. Todos querem ver e ouvir Amália.
Nessa altura o sucesso internacional de Amália leva a que se organizem em Lisboa grandes festas em sua homenagem. Na Feira Internacional de Bruxelas, Amália recebe do governo português a primeira das suas muitas condecorações. A sua popularidade não pára de aumentar. Em 1959, a revista Variety elege-a como uma das 4 melhores cantoras do mundo.
Em 1961, confirmam-se os boatos que desde há muito andam no ar. Amália casa-se no Rio de Janeiro com o engenheiro César Seabra e anuncia que vai abandonar a carreira artística passando a viver no Brasil. Um ano depois Amália regressa a Lisboa.

1962-1967

Em 1962, Amália inicia aquela que será a grande viragem da sua carreira: o encontro com a música de Alain Oulman. Este compositor, ligando uma melodia carregada de ambiente a uma forma definida mas ampla faz música que permite a Amália cantar poetas que até então não cabiam no fado clássico.
O Alain, que foi então a mudança, * foi o nascer duma artista completamente diferente * porque não só a música dele era formidável, era mesmo ao meu feitio. Eu estava à espera daquela música. Não é que estivesse à espera, mas a minha maneira de cantar estava à espera daquilo. E aquilo satisfez plenamente o eu poder alargar-me em eu poder dizer bem as frases, aquelas frases bonitas, dar força que elas tinham. E depois não foi só isso, cultivei-me um pouco com ele, porque os poetas todos cantei-os desde o Século XII e XIII ao Camões e todos os poetas bons. Eu cantei os poetas por causa do Alain.
Tão intensa é a compreensão que entre eles se estabelece que, até ao fim da sua vida, Alain Oulman nunca mais deixa de escrever música para Amália.
É editado o célebre LP “Amália Rodrigues”, mais conhecido como “Busto” ou “Asas fechadas”. Trata-se do primeiro álbum de Amália pensado como um álbum, e é igualmente o seu primeiro disco com músicas de Alain Oulman. Os doze temas do álbum (pensado inicialmente para o mercado inglês) serão publicados no início de 1963, espalhados por três EP´s.
Este trabalho representa uma grande viragem na sua vida artística e aí canta temas como “Estranha forma de vida” e “Povo que lavas no rio”, de Pedro Homem de Melo.
De triunfo em triunfo Amália faz vibrar os públicos mais diversos. Em 1962 no festival de Edimburgo mais uma vez a consideram à altura dos grandes artistas clássicos. Em 1963, em Beirute, é tal o seu prestígio, que a convidam a acompanhar com os seus fados uma Missa de Acção de Graças pela independência do Líbano. E continua sempre a voltar aos países que não se cansam de a reclamar. Em Paris, o acolhimento do público é sempre delirante, não só no Olympia, como participando nos mais sensacionais acontecimentos artísticos.
Em 1964 Amália regressa ao Cinema com "Fado Corrido", um Filme de Brum do Canto baseado num conto de David Mourão Ferreira, onde mais uma vez lhe dão um papel de fadista. Na estreia do filme em Lisboa confirmou-se mais uma vez que Amália continuava a ser a artista preferida do público português. Onde quer que aparecesse era sempre uma sensação.
Em 1965, Amália atinge a sua melhor interpretação no cinema em "As Ilhas Encantadas" do estreante Carlos Vilardebó, baseado numa novela de Herman Melville. Neste filme, diferente de todos os outros da sua carreira, Amália pela primeira vez não canta. Amália volta a receber o prémio de melhor actriz com "As Ilhas Encantadas" e no ano seguinte aparece no filme francês "Via Macau".
É durante as filmagens nos Açores que conhece Augusto Cabrita, que se transformará até à sua morte, no seu fotógrafo oficial.
Estas interpretações no cinema, confirmam Amália como uma grande actriz dramática. Em 1967 em Cannes, Anthony Quinn, com enorme entusiasmo, anuncia oficialmente que prepara dois filmes para Amália, sendo o primeiro Bodas de Sangue de García Lorca. Mas Amália prefere exprimir-se no canto.
No meio de grande polémica é editado o “infame” EP “Amália canta Luís de Camões”, que inclui “Lianor”, “Erros meus” e “Dura memória” musicados em fado, e o célebre álbum “Fado Português”.
“As ilhas encantadas” estreia em Portugal; o filme é mal recebido pela critica e pelo público e Amália não voltará a aceitar um papel principal no cinema, apesar da insistência de amigos como Anthony Quinn.
Amália actua no Lincoln Center em Nova Iorque, em 1966, com o maestro André Kostelanetz, num concerto de temas folclóricos portugueses acompanhados a orquestra. O concerto será posteriormente repetido no Hollywood Bowl e inspirada pelos concertos, grava nos estúdios da Valentim de Carvalho temas do folclore português com orquestra, com arranjos dos maestros Joaquim Luís Gomes e Jorge Costa Pinto. Lançado em Portugal em três EP´s, o material será recolhido em álbum em França.
Faz uma temporada no Olympia como primeira figura de um espectáculo denominado “Grand Gala du Music-Hall Portugais”, inteiramente composto por um elenco português do qual fazem parte Simone de Oliveira , o Duo Ouro Negro e Carlos Paredes, entre outros. Grava o “Concerto de Arranjuez” de Joaquin Rodrigo com uma letra em francês, “Arranjuez, mon amour”, acompanhada pela orquestra de Joaquim Luís Gomes e edita o álbum “Fados ´67” (que virá a ser mais conhecido por “Maldição”).
Em 1967, Amália recebe o prémio MIDEM atribuído ao cantor que mais vendas teve no seu país com o disco "Vou Dar de Beber à Dor". O prémio MIDEM de 68 e 69 é-lhe de novo atribuído, uma proeza excepcional só igualada pelos Beatles

1968-1974

Amália edita “Vou dar de beber à dor”, uma composição do estreante Alberto Janes que se tornará num dos seus maiores êxitos de vendas, vendendo para cima de cem mil cópias entre singles e EP´s.
A RTP transmite a peça de Frederico Garcia Lorca “A sapateira prodigiosa”, com Amália no papel principal.
Actua pela primeira vez na União Soviética.
Lança o álbum “Marchas de Lisboa”, que reúne uma selecção das melhores marchas gravadas entre 1963 e 1968, e “Vou dar de beber à dor”, a primeira de uma série de compilações reunindo material publicado anteriormente em singles e EP´s avulsos.
É convidada de honra no Festival du Marais, em Paris e das Olimpíadas da Canção, em Atenas.
Em 1970, Amália atinge o auge da sua carreira discográfica em "Com que Voz" onde, sempre com música de Alain Oulman, canta alguns dos maiores poetas da língua portuguesa. Este disco conquista para Amália os mais importantes prémios da indústria discográfica: IX Prémio da Critica Discográfica Italiana (1971), o Grande Prémio da Cidade de Paris e o Grande Prémio do Disco de Paris (1975).
É dos discos que eu mais gosto. Desde que eu o fiz, e não fui só eu, fui eu e foram os músicos, os poetas... os músicos é o Alain, os poetas e depois também o acompanhamento, que está muito bem acompanhado pelo Fontes Rocha e pelo Pedro Leal.
Em Janeiro de 1970, Amália parte para Roma para actuar no Teatro Sistina em Roma. O sucesso foi tal que o fenómeno "Amália" se espalha por Itália. Começava então "La Folia per La Rodrigues".
Comecei a frequentar a Itália, a Itália, a Itália toda. Corri a Itália toda de ponta a ponta. Inclusive aquela história da Sicília e da Calábria e da Sardenha, por todo o lado. Até Triestre, ... não houve uma terra quase onde eu não cantasse, só se não houvesse um teatro, e foi um sucesso muito grande.
Sem se limitar às grandes cidades, Amália percorre toda a Itália, triunfando em locais onde habitualmente muitos cantores italianos não actuam. Nestas longas tournées, Amália chega a dar mais de 80 espectáculos por temporada.
Sempre com grande sucesso, Amália actua nos mais prestigiosos palcos italianos como o Teatro Lírico de Milão.
Esta loucura está longe de ficar por Itália.
Recebe do presidente da República, Américo Thomaz, a Ordem Militar de Santiago de Espada, grau de oficial. O estado francês concede-lhe a Ordem das Artes e das Letras, grau de cavaleiro.
Edita o álbum “Amália e Vinícius”, gravado ao vivo em sua casa e composto por fados interpretados por Amália, acompanhados à guitarra e à viola, e poemas declamados pelo poeta brasileiro da bossa nova, Vinícius de Moraes, e por José Carlos Ary dos Santos, David Mourão-Ferreira e Natália Correia.
Em inícios da década de 1970, Amália canta pela primeira vez em Tokyo, e também o Japão, apesar de tão longínquo e com uma cultura tão diferente, se rende ao fascínio de Amália . Desde então sucedem-se as tournées pelo Japão abrangendo várias cidades. Todos os seus discos são editados nesse país, que com ela tanto se identifica. É frequente, quando Amália parte para o Japão todos os seus espectáculos estarem já esgotados, lançando assim Amália, uma verdadeira ponte cultural entre Portugal e o Japão.
A loucura deu-se, porque já estavam ... quando eu cheguei ao Japão, já estavam loucos por mim. Fiz um disco ao vivo que se vê perfeitamente como aquela gente me recebeu. * Aliás o Japão, vê-se perfeitamente, o primeiro vídeo que eu tive foi do Japão, o primeiro CD foi do Japão, o primeiro disco Laser foi do Japão, quer dizer o Japão faz sempre as coisas primeiro do que cá, * Mas, os japoneses gostam muito de mim.
Edita o segundo álbum de folclore com orquestra, “Amália canta Portugal II”; é também o ano de “Oiça lá ó senhor Vinho” e do LP “Cantigas de Amigos” onde Ary dos Santos e Natália Correia participam declamando poesia medieval portuguesa acompanhada à guitarra e à viola.
Lança “Amália canta Portugal III”, também conhecido por “Folclore à Guitarra e à Viola”, folclore português com acompanhamento de guitarra e viola, e grava nos estúdios da Valentim de Carvalho, 12 fados com o saxofonista de jazz Don Byas.
Em 1972 no Brasil, estreia-se no Canecão do Rio de Janeiro "Um Amor de Amália", onde pela primeira vez, num espectáculo organizado, Amália canta e conta histórias da sua vida. Tanto é o sucesso que, o show é repetido no ano seguinte. Esse espectáculo, onde Amália é acompanhada para além da guitarra e da viola, por uma orquestra e um coro, foi gravado em disco.
É finalmente editado o álbum “Encontro – Amália e Don Byas”. Sai também a lume o duplo-álbum “Amália no café Luso”, com o registo até aqui inédito de uma apresentação ao vivo de Amália naquele recinto lisboeta nos anos 50.
No dia 25 de Abril de 1974 dá-se a revolução que derrubou o regime fascista que há 48 anos governava Portugal. Amália, devido a um contrato que tinha para actuar na televisão espanhola, partiu para Madrid no dia seguinte. Em Lisboa, a grande popularidade internacional de Amália fez que de imediato circulassem boatos que a ligavam ao regime deposto. Embora só ligeiramente prejudicando a sua carreira, estes boatos afectaram gravemente a sensibilidade de Amália.
Apesar destes boatos, Amália aparece logo no Coliseu onde 5 mil pessoas a aplaudem de pé, provando que o seu público nunca a abandonou. A partir dessa altura, faz as mais longas tournées por Portugal, e o seu sucesso internacional continuou a aumentar fazendo tournées por todo mundo

1975-1999

Em 1976 são editados “Amália no Canecão”, álbum ao vivo que regista parte do show de Amália naquele palco brasileiro em 1973, e “Cantigas da Boa Gente”, compilação de material lançado anteriormente em singles e Eps. Também neste ano canta no Théâtre de Champs Elysées, em Paris. É publicado pela UNESCO o disco “Le cadeau de la vie”, onde figura ao lado de Maria Callas, John Lennon, Yehudin Menuhim, Aldo Ciccolini, Gyorgy Cziffra e Daniel Barenboim.
No ano de 1977 editadas mais duas compilações – “Fandangueiro” e “Anda o Sol na Minha Rua” – de um novo single de Alberto Janes, “Caldeirada”, e de “Cantigas numa língua antiga”, primeiro álbum de material original de Amália em três anos, embora dele façam parte alguns temas já anteriormente registados pela fadista, aqui gravados em novas versões. Neste ano volta ao Carnegie Hall de Nova York.
Em 1980, Amália edita “Gostava de ser quem era”, o seu primeiro álbum de material inédito em três anos, composto por dez fados originais com letras da própria Amália, escritas em sua casa durante a convalescência de uma doença.
Durante anos, o sentimento fatalista de Amália leva-a considerar como mortal uma doença que de todos esconde. Nesse período de profunda tristeza, Amália grava dois discos inteiramente com versos seus, "Gostava de Ser Quem Era" e "Lágrima".
Esse é um disco que eu gosto muito. Sabe porquê? Foi um disco que me apanhou numa altura muito triste da minha vida que ali nota-se uma voz com uma tristeza, que é uma tristeza só, sem voltinhas sem nada, é uma tristeza cá de dentro, que é, Gostava de Ser Quem Era. Gosto muito do Grito (pausa), isso é outra coisa que eu fiz tristíssima ....
Estava doente aqui dum tumor e estava convencida que ia morrer ou que me ia matar ... mas não deu resultado porque eu não fui capaz de me matar ...
Também em 1980 recebeu do Presidente da Republica a condecoração de grande oficial da ordem do infante D. Henrique. Logo em seguida é homenageada pela Câmara de Lisboa.
Amália edita, em 1982, com poucos meses de intervalo, “O senhor extra-terrestre”, um maxi-single com duas canções de Carlos Paião, e “Fado”, um novo álbum de estúdio composto exclusivamente por novas gravações de composições de Frederico Valério, muitas delas criadas por Amália. O álbum atinge o 5º lugar do top de vendas de álbuns compilado pela revista Música & Som.
Em 1983, é editado o álbum “Lágrima”, composto por 12 originais gravados durante 1982 e 1983, de novo com letras suas. Será o seu último disco de material inédito até à edição de “Obsessão”, em 1990.
É editado, em 1984, “Amália na Broadway”, que reúne oito standards de musicais americanos gravados por Amália em 1965 nos estúdios de Paço de Arcos com o maestro inglês Norrie Paramor, mas nunca antes editados em disco. As gravações haviam sido pensadas para um álbum de standards americanos que nunca veria a luz do dia. O álbum atinge o 17º lugar do top oficial de vendas de álbuns.
A 19 de Abril de 1985, Amália dá o seu primeiro grande concerto a solo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
Foi meu primeiro recital sozinha, a primeira vez em Portugal, o que eu tenho feito há anos e anos lá fora, no estrangeiro. E na minha terra nunca tinha feito nenhum. O primeiro espectáculo foi uma maravilha dum estrondo! E nunca vi aplausos como aqueles! Que aqueles eram de calor humano. * Duraram tempo e tempo e tempo, até com os pés. Era um coisa que parece que o Coliseu vinha abaixo. * Havia uma comunhão total comigo e com o público era uma coisa extraordinária. Aquilo ... eu nunca mais vejo aquilo!
O sucesso do Coliseu repete-se em Paris onde Amália é condecorada pelo Ministro da Cultura Jack Lang, com o mais alto grau da Ordem das Artes e das Letras. E de Paris de novo parte para o mundo.
Em Julho é editado o duplo álbum “O melhor de Amália – Estranha forma de vida”, que reúne 24 dos mais populares e aclamados fados de Amália e atinge o 1º lugar do top de vendas, mantendo-se oito meses no top e vendendo para cima de 100 mil exemplares. Na sequência do êxito, é editado um segundo álbum compilação, “O melhor de Amália volume II – Tudo isto é Fado”, que ultrapassa as 50 mil cópias vendidas e atinge o 2º lugar do top.
A partir de 1985, o dia 6 de Outubro, em Toronto, no Canadá, passa a ser o dia oficial de Amália Rodrigues.
Em 1987, é editada a biografia oficial de Amália, “Amália – Uma biografia”, por Vítor Pavão dos Santos, director do Museu Nacional do Teatro, jornalista e talvez o maior admirador de Amália em território português. Este livro tornou-se numa imprescindível referência para quem queira conhecer melhor a artista e tem sido a base de muito do trabalho jornalístico sobre Amália, inclusivamente deste site. O primeiro CD de Amália é editado em Portugal: “Sucessos”, uma compilação concebida originalmente para o mercado internacional, e que apenas ficará em catálogo até se iniciar a transferência para CD dos vários álbuns de Amália.
É também lançado neste ano, o triplo-álbum de luxo “Coliseu 3 de Abril de 1987”, que regista na íntegra o concerto de Amália no Coliseu de Lisboa naquela data. Obtém o Disco de Ouro e atinge o 13º lugar dos tops.
Em 1989, comemorando os 50 anos de carreira de Amália, a EMI-Valentim de Carvalho edita “Amália 50 anos”, uma colecção de oito duplos-álbuns ou CD´s temáticos agrupando muitas das gravações de Amália para a companhia, entre os quais várias raridades e gravações inéditas.
Em Portugal sobre o patrocínio do Presidente da Republica Mário Soares, de quem recebe a Ordem Militar de Santiago de Espada, as comemorações são um verdadeiro acontecimento a nível nacional. Festas, condecorações, exposições, tudo para Amália não é demais. Estas festividades, prolongam-se numa grande tournée mundial. - LISBOA, MADRID, PARIS, ROMA, TEL AVIV, MACAU, TOKIO, RIO DE JANEIRO, NOVA IORQUE
A importância das palmas é o que me mantém viva, um bocadinho viva, a maior alegria que eu tenho é quase sempre no palco.
Agora, há uma coisa que eu tenho; é um grande respeito pelo público, e podem ficar ... já o pressentiram, porque não há um artista que tenha uma amor tão grande do público, se não sente que ele é honesto! Já tinha envelhecido muito mais, não só na cara mas como em tudo ... na cara eu não tenho culpa nenhuma, isto acontece a toda a gente! Portanto é natural. Não é dos meus erros. Agora nunca cantei a enganar ninguém, fazendo uma coisa agora aqui forçada. Sou uma pessoa autêntica, que se deu completamente ao público e é por isso é que o público se dá completamente a mim.
Também nesse ano é recebida pelo Papa, no Vaticano, em audiência privada.
1990 vê ser editado “Obsessão”, o primeiro álbum de material original e inédito de Amália em sete anos, composto por temas gravados durante o interregno.
É editada, em 1991, a cassete de vídeo “Amália live in New York City” registo do concerto no Town Hall de Novembro de 1990. Recebe do presidente francês, François Miterrand, a Legião de Honra.
Em 1992 é editado o CD “Abbey Road 1952”, que reúne a totalidade das primeiras gravações realizadas por Amália para a Valentim de Carvalho nos estúdios de Abbey Road em Londres.
Em 1995, é editada pela primeira vez em CD a compilação “Estranha forma de Vida – O melhor de Amália” e a RTP transmite, ao longo de uma semana, a série documental “Amália – uma estranha forma de vida”, cinco episódios de uma hora dirigidos por Bruno de Almeida incluindo muitas imagens de arquivo provenientes dos cinco cantos do mundo e nunca antes exibidas em Portugal. Neste ano é ainda editado “Pela primeira vez – Rio de Janeiro”, CD que reúne as 16 gravações que Amália realizou no Rio de Janeiro em 1945 para a editora Continental. É a primeira edição oficial em CD destas gravações, há muitos anos indisponíveis em Portugal, restauradas digitalmente em Londres, nos estúdios de Abbey Road.
“Segredo”, um álbum com gravações inéditas realizadas entre 1965 e 1975, é editado em 1997.
Falecimento do seu marido, César Seabra, após 36 anos de casamento.
Publica um livro de poemas “Versos” na editora Cotovia.
Nova homenagem nacional na Feira Mundial de Lisboa Expo98.

Amália diz:

Foi uma estranha forma de vida porque eu não fiz nada por ela, foi por vontade de Deus, não é? "Que eu vivo nesta ansiedade, que todos os ais são meus que é tudo minha a saudade, foi por vontade de Deus". Já isto fiz com trinta anos! Quer dizer já eu pressentía que tinha sido Deus que me tinha feito o destino, que me tinha marcado o destino, que me deu uma natureza para a qual eu nasci, ... nasci com esta obrigação de cantar fado! Ou foi o fado que fez isto! O fado é destino, portanto deu-me este destino a mim!
Quando eu morrer váo inventar muitas histórias sobre mim, se inventaram sobre a severa e não se sabe se ela existiu, e de mim sabem concerteza que eu existi.
Fonte:fado.com

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Novas bandas: Ana Moura


Ana Moura nasceu em Santarém onde cresceu num núcleo familiar em que todos cantavam em reuniões e acontecimentos particulares. Tal como todos os jovens, cedo desenvolveu o gosto por vários géneros musicais. No entanto, a vontade de cantar Fado nunca a abandonou. No final da sua adolescência, fazia parte de uma banda de música pop/rock mas incluía sempre pelo menos um fado em cada actuação. Por essa altura, uma noite, por graça, foi com uns amigos a uma casa de fados e a pedido destes, cantou um fado pela primeira vez tendo sido recebida com entusiasmo.

Um ano mais tarde, numa festa de Natal, vários fadistas e guitarristas tiveram oportunidade de ouvi-la, entre os quais a Maria da Fé que a convidou para fazer parte do elenco da sua casa de fados, o Sr. Vinho. Esse foi o momento que projectou a sua carreira definitivamente no meio do Fado. A partir daí dedicou-se a ouvir muito Fado, nomeadamente Amália Rodrigues de quem admira a voz, a alma e a forma de improvisar, condições que considera essenciais num fadista.

Através do seu trabalho diário no Sr. Vinho, conheceu o compositor e guitarrista Jorge Fernando, músico residente na altura, tendo iniciado uma relação profissional e de cumplicidade que se mantém até hoje.

Oseu primeiro CD, "Guarda-me a vida na mão", foi editado em 2003 em território nacional e mais tarde em vários outros países; o disco angariou-lhe os mais rasgados elogios da crítica especializada portuguesa e internacional; mas para além da opinião dos "media", ficou claro que a sua voz se juntava ao grupo dos melhores intérpretes de fado pelo imediato interesse suscitado pelos seus espectáculos, realizados em vários países da Europa. Ainda no mesmo ano, a fadista actuou com grande êxito no prestigiado Town Hall, nos Estados Unidos. "Sou do fado, sou fadista" foi o tema que mais marcou o início da sua carreira.

Ao mesmo tempo que os seus concertos resultavam num êxito nas mais prestigiadas salas europeias, Ana Moura começa a preparação para o seu segundo álbum. Da selecção de temas feita resultou "Aconteceu", um duplo trabalho dividido em duas áreas temáticas: - O primeiro disco, a que se chamou "A porta do fado"", aborda o fado clássico e o segundo disco, intitulado "Dentro de casa", debruça-se sobre o fado tradicional. A produção, a exemplo do que acontecera no primeiro registo discográfico, esteve a cargo de Jorge Fernando, que fez também a maioria dos arranjos.

Por altura da edição de "Aconteceu" (2004), Ana Moura recebe um convite para actuar no célebre Carnegie Hall, de Nova Iorque, em Fevereiro de 2005, para além de outros concertos a realizar noutras cidades norte-americanas.Coma lotação esgotada, Ana Moura torna-se assim na primeira cantora portuguesa a actuar na mítica sala nova-iorquina, facto que não só a consagra em definitivo fora da Europa, como lhe abre de par em par as portas parauma sólida carreira internacional.

Resultante do seu sucesso além-fronteiras e do crescente êxito que vem gradualmente a obter nos Países Baixos, Ana Moura é convidada para outra digressão na Holanda, que tem como principal destaque a actuação no célebre Concertgebouw de Amesterdão, em Novembro de 2005, e na nomeação do seu disco "Aconteceu" para os prestigiados prémios de World Music - os Edison Awards.

De destacar ainda a participação, a convite do produtor de cinema Paulo Branco, no Festival Internacional de Cinema de Cannes, na sala de concertos do Hotel Majestic e a actuação no âmbito do 7th Annual World Music Festival, no Double Hill de Chicago. Em 2006, Ana Moura inicia mais uma digressão na Holanda, para em Abril se deslocar aos Estados Unidos para dois concertos, já esgotados, noutra sala mítica, o The Getty Museum, em Los Angeles, e outro em Seattle.

Depois do grande sucesso obtido pelo volume 1 de "The Rolling Stones Project" - canções do grupo interpretadas por artistas da área "pop/rock", Tim Ries saxofonista da banda e mentor do projecto, juntamente com os próprios Stones, decidiram avançar para a edição do segundo volume, convidando artistas da área musical conhecidacomoWorld Music.
Tim Ries, fã de Amália Rodrigues e do fado em geral, depois de tomar contacto através da compra de um disco de Ana Moura, no Japão, desde logo decidiu convidá-la para o novo trabalho. Aproveitando o concerto dos Stones no Porto, deu-se assim o encontro, e a consequente gravação de dois temas, adaptados para fado por Jorge Fernando e Custódio Castelo.

Nofinal de 2006, Ana Moura começou a gravar o seu terceiro disco de originais,comedição no primeiro semestre de 2007. Em "Para além da Saudade", Ana Moura interpreta temas tradicionais, como é o caso do Fado Blanc ou do Fado Azenha mas continua a arriscar em novas letras, músicas e parcerias, cantando poemas de Fausto (Nascidos do mar), Amélia Muge (o Fado da Procura) ou Nuno Miguel Guedes (Mapa do coração) mas também, e uma vez mais, de Jorge Fernando, produtor musical do disco e autor/compositor de alguns dos temas.
Fonte:Fado.com

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Marilyn Manson fica sem baterista =(

“Depois de muito pensar e refletir sobre como está a minha vida atualmente e sobre como ela deveria estar, é com pesar que anuncio à população geral que decidi sair da banda Marilyn Manson e ver onde minha vida e meu conhecimento vai me levar. Não posso ficar parado vendo as oportunidades passando simplesmente porque minha disponibilidade não estava clara para mim. Desejo tudo de melhor aos meus irmãos e não espero nada além de coisas boas vindo deles.”

Ficei triste com esta noticia porque eu sou um grande fã de Marilyn e ele era um dos meus membros preferidos da banda!

Viciados no Facebook


Leiam os comentarios deste video no YouTube, as pessoas estão completamente viciadas no Facebook, ja não conseguem passar um dia sem ir la!Devia haver uma cena para ajudar essas pessoas tipo os alcolicos anonimos ou algo do cenero!

Sabem qual é o local do Mundo onde as pessoas são menos viciadas no Facebook? é Africa e sim é por esse mutivo que estão a pensar!
E sim eu sei que a maior parte das pessoas não preceberam a piada, mas as pessoas que gostam de humor negro como eu preceberam!

Um pedido de desculpas!

Peço desculpa a todos os leitores deste maravilhoso blog por não ter havido post`s durante os dias de semana, mas é que ouve alguns probelemas pessoais e não tem dado, mas prometo que assim que poder volto aos post´s durante os dias de semana!
Obrigados a todos os leitores por lerem este blog, que seguenifica muito para mim!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Oceano Pacifico de peso: Metallica - Nothing Else Matters, One

Oceano Pacifico de peso é uma nova rubrica parecida ao programa da radio RFM onde dão "baladas" de musica, aqui é a mesma coisa so que de banda que normalmente partem todo, espero que gostem!
Para comesar trago os Metallica e esta todos conhecem Nothing Else Matters e esta tambem One.


Antes de serem azeiteiros: Linkin Park

Antes de serem azeiteiros é a nova rubrica deste blog! Basicamente vamos falar de bandas que ja foram boas bandas de musica mas que hoje em dia so tocam azeite, e qual melhor banda para comesar que os Linken Park, ate porque eu cresci musicalmente a ouvir esta banda o album Meteora, um otimo album de nu metal mas depois passaram para o Minutes to Midnight um album rock comercial mas como isso ainda não chega-se no ultimo album A Thousand Suns é compeletamente um azeite!
Aqui fica em videos a historia dos Linken Park para os que não conhecem bem a banda preseverem o que eu estou a dizer!

Nu metal

Nu metal

Nu metal

Rock comercial

Azeite

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Livro da semana: As palavras que nunca te direi



Descrição:

Livro que aborda a tentativa de uma mulher para encontrar o seu homem ideal. Transporta o leitor a ter sentimentos fortes e a partilhar também a sua procura que será compensada quando encontra uma mensagem de um homem numa garrafa, numa praia. Apaixonada pelo seu sonho, parte em busca do autor da carta, acabando os dois por envolver-se numa relação insólita.

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Bertrand

filme da semana: Cidade dos Anjos



Sinopse:

Em Los Angeles, uma dedicada cirurgiã (Meg Ryan) fica arrasada quando perde um paciente durante uma operação, no mesmo instante em que um anjo (Nicolas Cage), que estava na sala de cirurgia, começa a se sentir atraído por ela. Em pouco tempo ele fica apaixonado pela médica e resolve ficar visível para ela, a fim de poder encontrá-la frequentemente, o que acaba provocando entre os dois uma atração cada vez maior, apesar dela ter um sério relacionamento com um colega de profissão. O ser celestial não pode sentir calor, nem o vento no rosto, o gosto de uma fruta ou o toque da sua amada, assim ele cogita em deixar de ser um imortal para poder amar e ser amado intensamente.

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Banda da semana: Julio Iglesias


Julio José Iglesias Puga de la Cueva (Madrid, 23 de setembro de 1943) é um ex-futebolista, cantor e empresário espanhol de fama internacional.

É filho de Julio Iglesias Puga (1915-2005), prestigiado médico ginecologista espanhol, e de Maria del Rosario de la Cierva y Periñon(1918-2002). Casaram-se em 1942 e divorciaram-se em 1983. Iglesias tem um irmão, Carlos (nascido em 1945) e, dois meios-irmãos: Jaime (nascido em 2004) e Ruth (nascida em 2006), fruto do segundo casamento do pai, em 2001.

Sempre teve especiais aptidões para o desporto, chegando a jogar no Real Madrid, na posição de Guarda-Redes entre 1958 e 1963. Neste ano sofrera um terrível acidente de viação, fruto de conduzir com excesso de álcool, que lhe pôs fim à carreira futebolística, devido a graves lesões nas pernas e braços, do qual nunca recuperou na totalidade. Daí, optara então, alternativamente, a uma carreira musical.

Marcado pela voz e seu detalhismo nas canções, além de grande carisma, se tornou o mais bem sucedido artista latino em todos os tempos, com números impressionantes: 200 milhões de cópias vendidas, 2600 discos de ouro e de platina, quatro mil espetáculos em mais de quinhentas cidades do mundo e uma canção tocada a cada trinta segundos. Seu talento musical se estende a um de seus filhos, que também seguiu carreira musical: Enrique Iglesias.

Dentre os artistas brasileiros estão os duetos com: Daniel, Zezé di Camargo e Luciano, Simone, Roberto Carlos, de quem é fã.

Mora em Miami, com a sua esposa, onde cuida de sua carreira.

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Novas bandas: Gonçalo Gonçalves


Como na segunda-feira foi dia dos namorados esta semana as rubricas vão tar relacionadas com isso! Por isso hoje trago um cantor romantico!

Nasceu em Lisboa corria o mês de Janeiro de 1979. Gonçalves é do signo Capricórnio com ascendente em Capricórnio, o que lhe confere características de uma personalidade forte e complexa. A sua infância e adolescência passou-a entre o mar da Costa de Caparica e das ilhas dos Açores, onde tem familiares distantes. Desde muito cedo que a sua paixão pela música e o mar levou-o a tomar decisões arrojadas e arriscadas. Abandonou a sua carreira académica e o surf que praticava de forma profissional para viajar a bordo de cruzeiros, primeiro como barman e mais tarde como artista a bordo. Foi assim que Gonçalves descobriu outros mundos e teve a oportunidade de conhecer variadíssimos artistas e cantores internacionais que o motivaram a escrever os seus sentimentos.

Gonçalves é um cantor romântico à altura dos grandes românticos. O que escreve e o que canta é o que vive. As paixões, os amores perdidos, as desilusões...

Durante os últimos sete anos a sua carreira fez-se lá fora, ao ritmo do mar e do amor.

Agora em 2010, Gonçalves, de regresso ao seu país, é já um artista na sua plena maturidade como interprete e compositor.

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

"Rap"

Como convidado do Admin deste forum para escrever sobre alguns temas , estou neste momento a fazer alguns testes para posteriormente começar a postar aqui :)

Aqui fica um "Rap" , da pa rir um bocado e em tempos de crise , rir ainda é de graça !


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Amo-te

Hoje no dia dos namorados vou dedicar este post a melhor namorada do mundo, a minha!





eu adoro esta musica espero que tu tambem gostes!

Amo-te mais que todo meu amorS2!

Afinal quem é o Cupido?

Cupido, também conhecido como Amor, era o deus equivalente em Roma ao deus grego Eros. Filho de Vênus e de Marte, (o deus da guerra), andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. Teve um romance muito famoso com a princesa Psiquê, a deusa da alma.

Cupido encarnava a paixão e o amor em todas as suas manifestações. Logo que nasceu, Júpiter (pai dos deuses), sabedor das perturbações que iria provocar, tentou obrigar Vénus a se desfazer dele. Para protegê-lo, a mãe o escondeu num bosque, onde ele se alimentou com leite de animais selvagens.

Cupido era geralmente representado como um menino alado que carregava um arco e um carcás com setas. Os ferimentos provocados pelas setas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Outras vezes representavam-no vestido com uma armadura semelhante à que usava Marte, talvez para assim sugerir paralelos irónicos entre a guerra e o romance ou para simbolizar a invencibilidade do amor. Embora fosse algumas vezes apresentado como insensível e descuidado, Cupido era, em geral, tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou imortais. No pior dos casos, era considerado malicioso pelas combinações que fazia, situações em que agia orientado por Vénus.

O mito de Cupido e Psiquê

Um certo dia, Vênus estava admirando a terra quando avistou uma bela moça chamada Psique. Vênus era uma deusa muito vaidosa e não gostava de perder em matéria de aparência, muito menos para uma mortal. Vênus chamou Mercúrio e disse-lhe: "- Mande esta carta para Psiquê."

Quando Psiquê recebeu a carta ficou admirada, recebendo uma carta de uma deusa. Mas ficou muito decepcionada quando a leu. Na carta havia uma profecia clamada pela própria Vênus. A profecia dizia que Psiquê ia se casar com a mais horrenda criatura. Psiquê ficou desesperada, foi contar para suas irmãs. Psique era muito inocente e nunca percebeu que suas irmãs morriam de inveja dela.

Enquanto isso, no Monte Olimpo, Vênus chamou seu filho Cupido: "- Meu caro filho, preciso de um grande favor seu. Quero que você vá a terra e atire uma de suas flechas de amor em Psique, e faça com que ela se apaixone pelo homem mais feio do planeta". Cupido gostava muito de sua mãe e não quis contrariá-la. Então foi. Quando anoiteceu, Cupido foi até a casa de Psique, entrou pela janela avistou um rosto perfeito, traços encantadores. Cupido chegou bem perto para não ter a chance de errar o alvo (apesar de ter uma mira muito boa, mas estava encantado com a bela jovem). Se preparou para atirar, esticou o seu arco e quando ia soltar a flecha, Psiquê moveu o braço, e Cupido acertou ele mesmo. A partir daquele instante Cupido ficou perdidamente apaixonado pela jovem. Voltou para casa, mas não conseguiu dormir pensando na bela Psiquê.
Cupido, pintura de
William-Adolphe Bouguereau (1825-1905)

No dia seguinte, Cupido foi falar com Zéfiro (o vento oeste) e pediu para que transportasse Psique para os ares e a instalasse num palácio magnífico, onde era a casa de Cupido. Quando a noite caiu, a moça ouviu uma voz misteriosa e doce: "- Não se assuste, Psiquê, sou o dono desse palácio. Ofereço a ti como presente de nosso casamento, pois quero ser seu esposo. Tudo que está vendo lhe pertence. E tudo que deseja será concebido. Zéfiro estará às suas ordens, ele fará tudo o que você quiser. Eu só lhe faço uma exigência: não tente me ver. Só sob esta condição poderemos viver juntos e sermos felizes".

Toda noite Cupido vinha ver Psiquê, mas em uma forma invisível. A moça estava vivendo muito feliz naquele lindo palácio. Mas passando os dias Psiquê ficava cada vez mais curiosa para saber quem era seu marido. Certa noite, quando Cupido veio ver Psiquê, eles se encontraram e se amaram. Mas quando Cupido adormeceu, Psiquê escondida e em silêncio pegou uma lamparina e acendeu-a, e quando ela viu o belo jovem de rosto corado e cabelos loiros, ficou encantada. Mas num pequeno descuido ela deixou cair uma gota de óleo no braço do rapaz, que acordou assustado e, ao ver Psiquê, desapareceu. O encanto todo acabou, o palácio os jardins e tudo que havia em volta desapareceu, como num passe de mágica. Psiquê ficou sozinha num lugar árido, pedregoso e deserto.

Desconsolado, Cupido voltou para o Olimpo e suplicou a Zeus que lhe devolvesse a esposa amada. O senhor dos deuses respondeu: "- O deus do amor não pode se unir a uma mortal".

Mas Cupido protestou. Será que Zeus que tinha tanto poder não podia tornar Psiquê imortal? O senhor dos deuses sorriu lisonjeado. Além do mais como poderia de deixar de atender a um pedido de Cupido, que lhe trazia lembranças tão boas? O deus do amor o tinha ajudado muitas vezes, e talvez algum dia Zeus precisaria da ajuda de Cupido de novo. Seria mais prudente atender o seu pedido. Zeus mandou Hermes ir buscar Psique e lhe trouxesse para o reino celeste. Então Zeus, o soberano, transformou Psiquê em imortal. Nada mais se opôs aos amores de Cupido e Psiquê, nem mesmo Vênus, que ao ver seu filho tão feliz se moveu de compaixão e abençoou o casal. Seu casamento foi celebrado com muito néctar, na presença de todos os deuses.

As Musas (jovens encantadas, que eram acompanhantes do deus Apolo) e as Graças (jovens que representavam a beleza que acompanhavam a deusa Venus) aclamavam a nova deusa em meio a cantos de danças. Assim Cupido viveu sua imortalidade com o ser que mais amou.
Fonte:Wiki

PS: So mais uma coisa alguem prenda esse tal cupido porque andar a espetar setas no coração das pessoas é crime.

Sabias que: quem ama é o cérebro e não o coração?

Sabias que: quem ama é o cérebro e não o coração?
Pois é as pessoas tem a mania de dizer que é o coração que ama, e que o coração bate mais forte por aquela pessoa, e ate o simbolo do amor é um coração. Mas o coração não tem sentimentos, a unica função dele é coisar o sangue! Todos os sentimentos estão no cérebro, por isso vamos lá mudar isso, a partir de agora é dizer que o cérebro que ama e não o coração!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Livro da semana: Os Melhores Contos de H. P. Lovecraft - 1º Vol.


Na estria desta rubrica trago o primeiro velume que junta os melhores contos do melhor escritor de terror do sec.XX

"Finalmente uma edição, em Portugal, digna da obra do mestre do terror Howard Phillips Lovecraft. Com organização do Prof. José Manuel Lopes, da Universidade Lusófona, e introduções aos contos de Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, Os Melhores Contos de Howard Phillips Lovecraft traz até junto do público nacional alguns dos contos mais marcantes do Mito de Cthulhu. Obra feita com um intenso amor pelo legado de HPL, todo o design da capa e interior procura recuperar o imaginário barroco dos contos do autor."

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Filme da semana: O discurso do Rei


O filme desta semana é o discurso do rei, o filme com mais nomeações para os Oscares.

Historia:
Conta a história do homem que se tornou o rei George VI, pai da rainha Elizabeth II. Após a abdicação de seu irmão, George ("Bertie") relutantemente assume o trono. Atormentado por um gaguejo temida e considerada imprópria para ser rei, Bertie envolve a ajuda de um terapeuta da fala pouco ortodoxo chamado Lionel Logue. Através de um conjunto de técnicas de inesperado, e como resultado de uma amizade improvável, Bertie é capaz de encontrar sua voz e corajosamente conduzir o país através da guerra.

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Nova banda: Hipnótica


A banda formou-se em 1994. Em 1997 conseguem a formação e a sonoridade que pretendiam desde o início. Nesse ano colaboram em duas compilações da editora Garagem: "Change Yr. Oil" e "Noise Sessions".

Em 1998 lançaram um EP homónimo através da Deixe de Ser Duro de Ouvido. Inclui temas como "Buildings Above Them", "Corte" e "Clean".

Assinaram com a Nortesul que lançou o álbum "Enter" em Novembro de 1999. São extraídos os singles "She's Afraid" e "Visions Of Joy". O disco inclui uma remistura dos Arkham Hi-Fi para "Your World" e é recuperado "Buildings Above Them".

Os austríacos Sofa Surfers oferecem-se para remisturar um tema da banda.

Em 2001 foi editado o álbum "Decode" através da Metrodiscos. "Closer" foi o primeiro single. O músico Pedro Carneiro foi um dos convidados do disco.

No decorrer do Festival Internacional de Curtas Metragens de Vila do Conde, os Hipnótica, foram convidados a fazer a banda sonora de uma curta-metragem.

Em 2002 participaram numa compilação da empresa SWEAR e lançaram um tema na compilação dedicada ao "Mundial 2002". É editado "A Circle So Blue".

Em 2003, a banda lançou "Short Stories of an instant called hipnotic life" com base na projecção de 5 curtas-metragens. Também em 2003 a editora Nylon lançou a compilação "Nylon Showcase # 3" com uma remistura dos Sofa Surfers para "Re-Open The Door".

Lançam através do jornal Blitz o disco "Reconciliation" (2004) gravado entre Lisboa e Viena. Regressam a Vila do Conde para fazer a banda sonora da curta-metragem "La Chute de la Maison Usher" de Jean Epstein e Luis Buñuel.

Na comemoração do 10º aniversário da banda editaram, em 2005, "Breves histórias sob o efeito de Hipnótica", um livro e compilação.

São autores da banda sonora do filme "Pele" de Fernando Vendrell. O grupo é convidado para um disco de tributo aos Velvet Underground, promovido pela editora Skud&Smarty, conjuntamente com grupos como Rose Blanket e Pop dell'Arte.

O álbum "New Communities For Better Days" foi editado em Março de 2007. É considerado um dos melhores discos do ano para a revista Blitz.

João Kyron estreou-se a solo, com o projecto "O Maquinista", que foi editado em Fevereiro de 2009.

No final de 2010 os Hipnótica surpreendem todos com "Twelve-Wired Bird of Paradise". Um álbum cheio de luz, polvilhado pela Folk e pela electrónica. Considerado como "a transformação mais surpreendente do ano discográfico português" este álbum promete não deixar ninguém indiferente aos novos caminhos que a banda de Lisboa apresenta.
Fonte:wiki

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