domingo, 12 de setembro de 2010

A morte dos linkin park

O que ja foi uma grande banda de nu metal esta agora uma grande porcaria de banda, não sei se ja ouviram o novo cd "A Thousand Suns" se ja ouviram ja sabem do que estou a falar.
Deixo-vos uma reviews ao cd:
Em tempos, existiu uma banda que, conjugando de forma inteligente o Hip Hop e Electrónica com o Metal, conseguiu atingir o estrelato, ganhando fama e uma grande base de fãs leais, que vendados pela rádio e pela (M)TV pensavam que a música pesada não ia mais além daquilo. Porém, a estadia no topo não durou muito, e esses mesmos fãs sentiram-se apunhalados pelas costas quando a banda cuja sonoridade admiravam resolveu tomar uma mudança drástica e, com a desculpa de estar mais madura, virar-se para o (ainda mais) comercial. Agora, algures no período descendente da sua carreira, essa banda lança o seu quarto álbum: A Thousand Suns.

Muitos esperavam ansiosamente este álbum, na esperança de que se tratasse de um regresso às origens. No entanto, à medida que o tempo foi passando, e os singles e previews foram sendo lançados, o optimismo foi-se esvaindo. O tempo de glória do Nu Metal e do Rap Rock já há muito que desapareceu no horizonte, e os Linkin Park têm noção disso. Restava saber se eles iam manter a sonoridade Pop Rock de Minutes to Midnight, ou se escolhiam antes enveredar por mais uma fase experimental. Pelos vistos, escolheram as duas. E o tiro acabou por sair pela culatra, fruto da completa falta de inspiração e de ideias de um grupo que, cada vez mais, parece estar à deriva.

Para mim, este álbum é isso mesmo, pura e simplesmente: um trabalho experimental desinspirado, inconstante e disperso, onde o grupo parece tentar a todo o custo mascarar a total falta de ideias com uma forte (e exagerada) carga electrónica, a qual acaba inevitavelmente por dar em curto circuito... em vez de acrescentar ao álbum algo de positivo, as longas secções instrumentais electrónicas em que o álbum está mergulhado (metade das faixas não passam disso mesmo!) retiram o interesse aos poucos bons momentos que ele possui, a maioria dos quais possíveis restos de ideias do álbum anterior. E, por falar em influências de Minutes to Midnight, elas são bem evidentes aqui. Contudo, se esse álbum até tinha de certa forma músicas cativantes e apelativas, já este tenta repetir a dose... e falha profundamente. Basta ouvir as supostas "baladas meigas", "Iridescent" e "The Messenger", para notar a incrível falta de originalidade na composição, em músicas que parece que rastejam pelo chão implorando minutos de rádio e presença no top da Mtv.

No que toca ao intrumental propriamente dito... bem, qual intrumental? O baixo é o elemento imperceptível do costume, a percussão é quase toda à base de batidas sintetizadas, e a guitarra, que é para mim a protagonista do melhor momento do álbum (o excelente clímax de "Burning in The Skies") tem apenas essa oportunidade para brilhar. Sinceramente, após este álbum tenho dúvidas sobre se esta banda é mesmo um sexteto ou se é apenas um duo de vocalistas com músicos de sessão contratados em saldo. E até o trabalho vocal dos dois membros que realmente parecem fazer parte integral do grupo, Chester Bennington e Mike Shinoda, deixa muito a desejar. Enquanto que a prestação de Mike, de volta ao rap, pode ser considerada razoável, tendo o seu ponto alto em "Wretches and Kings" (uma das faixas mais concisas do álbum), as melodias vocais de Chester são quase todas fracas e desinteressantes, e algumas chegam mesmo a ser horripilantes. Fiquei completamente boquiaberto (num mau sentido) ao ouvir faixas como "Blackout", sem saber se havia de rir à gargalhada ou chorar com os versos hiperactivos onde Chester parece sofrer uma overdose de cafeína, e com o refrão onde os seus tão esperados berros característicos são utilizados... completamente fora de contexto. Salve-se o trabalho de DJ Hahn nessa faixa, que, de resto, parece ser o único que neste álbum se sente nas suas sete quintas.

Tudo somado, este álbum parece ser uma tentativa mal sucedida de produzir um remix de Minutes To Midnight, com secções e melodias fracas e desprovidas de interesse coladas umas às outras por meio de um enchimento electrónico que só serve para isso mesmo: encher. Não se torna melhor com mais audições, bem pelo contrário: ouvir uma vez já é uma tarefa suficientemente árdua, e na segunda tentativa vão inevitavelmente dar convosco a ir directamente aos poucos momentos em que o álbum consegue captar a atenção. De qualquer forma, visto de outro ângulo, este álbum pode até representar um passo a caminho da sonoridade original da banda, com a sua forte presença electrónica. Resta-nos esperar que, da próxima vez, eles não se esqueçam de trazer a guitarra, a bateria e o baixo. Ah, e ideias frescas também.

Classificação: 1.5/5

Fonte:rocknheavy

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